A falta de pagamento de salários constitui a “principal queixa” dos trabalhadores migrantes ao ministério do Trabalho do Catar, afirma a Organização Internacional do Trabalho (OIT) em um relatório publicado a 19 dias antes do início da Copa do Mundo de futebol neste país.
O número de reclamações “mais que dobrou”, com 34.425 queixas entre outubro de 2021 e outubro de 2022, graças ao lançamento no ano passado de uma plataforma digital de denúncias que contém um canal anônimo, de acordo com o relatório, que pede ao Catar para “continuar trabalhando para o pleno respeito das normas internacionais de trabalho”.
“A principal causa de reclamações envolve o não pagamento de salários e benefícios na conclusão dos serviços, assim como o não pagamento de férias”, afirmou a OIT no relatório.
O documento acrescenta que quase 10.500 casos foram enviados aos tribunais trabalhistas, onde quase todos os juízes decidiram a favor dos trabalhadores.
O relatório da OIT observa que o número de trabalhadores atendidos por problemas relacionados ao calor do verão sufocante do país do Golfo caiu com a adoção de novas normas em 2021.
O documento indica que quatro clínicas para trabalhadores migrantes atenderam 351 pessoas neste verão (hemisfério norte), abaixo dos 620 em 2021 e 1.520 em 2020.
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OIT: falta de pagamento de salário é principal queixa dos trabalhadores migrantes no Catar
