Saúde mental no trabalho: um tabu que precisa cair

Durante os últimos dois anos, grande parte das pessoas sentiu um aumento dos níveis de pressão reconhecida no trabalho – seja por questões de mercado, demissão, reestruturação, novas formas de interação, digitalização de relações, ajustes de práticas organizacionais etc. ou simplesmente devido à mudança de expectativas individuais sobre o que queremos da nossa vida profissional.

Isso tudo, certamente, nos trouxe um impacto pesado para o desafio de manter o equilíbrio emocional.

No entanto, não vamos cair na armadilha de achar que a pandemia foi a causa da instabilidade mental e emocional das pessoas no mundo do trabalho. As raízes do problema são mais antigas e complexas, influenciadas pelo desenho das estruturas hierárquicas de comando e controle, abuso e exploração de recursos, além da obsessão por maximizar os resultados, cruzando-se com a dinâmica de interesses, permissões e restrições que define a relação formal de trabalho entre empregado(a) e empregador(a).

Ou seja, nada de novo sob o sol… Opa. Pera aí. Tem alguma coisa nova, sim. Olha só: graças à pressão adicional mencionada acima, saúde mental virou tema discutido com muito mais abertura e seriedade, e, finalmente, diversas organizações perceberam (Cof! Foram obrigadas a perceber…) traços tóxicos de suas culturas e lideranças.

Nesta semana, aconteceu em São Paulo um dos maiores congressos de RH da América Latina, o CONARH, onde milhares de empresas e pessoas discutiram e apresentaram soluções para desenvolvimento humano, e, adivinha só, que tema estava fervilhando de ofertas e sugestões de abordagem e suporte? Isso mesmo: saúde mental.

Desde aplicativos para identificar tendências e flutuações de equilíbrio emocional em indivíduos ou equipes ao longo do tempo (com cuidado para atender à LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados – mas também prover indicadores para ação de organizações e de trabalhadores) até ofertas de atendimento psicológico individualizado, sem reporte de status para a empresa contratante, pago totalmente pelo empregador (sem blablabla de plano de saúde…), e integrados com saúde corporal, hábitos alimentares e ações para equilíbrio espiritual.

Matéria Completa: UOL

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