Empresas brasileiras expandem uso de automação

O relatório da Information Services Group – ISG: Provider Lens Intelligent Automation – Solutions and Services – revelou que o uso de automação está se expandindo no Brasil. O estudo indica que a recuperação da economia pós-pico da pandemia de COVID-19 impulsionou empresários a aumentarem investimentos na área de TI.

Ainda, o relatório aponta que 50% das empresas aumentaram o investimento em tecnologia no último ano apesar das crises econômicas e políticas que o país tem atravessado, principalmente em decorrência da pandemia de COVID-19.

“O investimento em TI é um dos caminhos mais promissores para o futuro no Brasil. As indústrias bancária, de serviços financeiros, de e-commerce e de varejo mostraram que a transformação digital pode expandir a economia de um país além do usual”, afirmou Chip Wagner, CEO da ISG Automation.

O relatório também deixa claro que a automação inteligente de negócios ainda está em um estágio inicial no Brasil, já que muitas empresas ainda estão descobrindo as maneiras mais apropriadas de se aplicar automação em casos reais, mas que o mercado está se expandindo com a recuperação econômica e a busca por mais “flexibilidade e competitividade”.

A automação está sendo aplicada nas operações da cadeia de suprimentos e logística, bem como na conformidade de processos fiscais. As empresas financeiras implementaram automação em processos complexos em torno de financiamento imobiliário, cobrança de dívidas e crédito. Mas existe um potencial mais amplo no varejo, saúde, telecomunicações e produtos farmacêuticos, diz a ISG.

Economia sem papel

A ISG afirma que o Brasil está à frente de outros países importantes, como os Estados Unidos, em se tornar uma “economia sem Papel”, por haver menos necessidade de processamento inteligente de documentos, devido a aplicações típicas, como faturamento em papel e processamento de sinistros, serem executadas eletronicamente no país. O governo e o setor público também implementaram iniciativas de governo eletrônico, como urnas eletrônicas e o sistema de escrituração digital SPED para declarações fiscais.

Além disso, o relatório indica que outras formas de automação, como a inteligência artificial para operações de TI (AIOps) e descoberta de processos e tarefas, são menos adotadas no Brasil do que em outros países. A expectativa é que o uso de AIOps se torne mais crítico devido à alta incidência de ameaças à segurança e à vulnerabilidade geral das empresas brasileiras a ataques cibernéticos. A mineração de processos ainda é comumente vista como uma ferramenta a ser aplicada uma única vez por prestadores de serviços de consultoria ou auditoria, e modelos de uso mais flexíveis serão necessários para popularizar seu uso no Brasil, afirma a ISG.

Crescimento global

A tendência do aumento do mercado de automação no Brasil segue o padrão global indicado por relatório da A2z Market Research, que indica que a expectativa para o mercado global de Hiper Automação é de um crescimento CAGR (taxa de crescimento anual composta) de 18.6% até o ano de 2028.

“Percebemos que o mercado de automação tem se expandido no Brasil e na América Latina. A busca por serviços de automação chegou a Pequenas e Médias Empresas (PMEs), e a tecnologia está mais acessível. Acreditamos que a automação robótica de processos é a grande tendência para 2022. Por isso, apostamos em oferecer serviços de automação como forma de alavancar os negócios dos provedores de tecnologia e permitir que gerem receita recorrente através dos clientes conquistados”, afirma Thiago Carlucci, Head de Marketing LatAm da ElectroNeek, empresa de software de automação RPA.

Fonte: Terra

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