Taxa de desemprego cai a 8% e é a menor para o 2º trimestre desde 2014

A taxa de desemprego no país foi de 8% no trimestre móvel encerrado em junho. O resultado ficou abaixo do verificado no trimestre móvel anterior, encerrado em março (8,8%) e do resultado de igual período de 2022 (9,3%), mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No trimestre móvel finalizado em maio, a taxa de desemprego foi de 8,3%.

Ainda segundo o IBGE, foi a menor taxa para um trimestre móvel encerrado em junho, ou seja, para um segundo trimestre, desde 2014.

O resultado ficou abaixo da mediana das expectativas de 26 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor, que apontava para uma taxa de 8,2% no trimestre móvel encerrado em junho de 2023. O intervalo das projeções ia de 8,1% a 8,4%.

No trimestre encerrado em junho, o país tinha 8,6 milhões de desempregados – pessoas de 14 anos ou mais que buscaram emprego, mas não conseguiram encontrar. O número aponta retração de 8,3% frente ao trimestre móvel anterior, encerrado em março, (menos 785 mil pessoas) e queda de 14,2% frente a igual período de 2022 (menos 1,4 milhão de pessoas).

Entre abril e junho, a população ocupada (empregados, empregadores, funcionários públicos) era de 98,9 milhões de pessoas. Isso representa um avanço de 1,1% em relação ao período do trimestre anterior, finalizado em março (mais 1,1 milhão pessoas ocupadas). Frente a igual trimestre de 2022, subiu 0,7% (641 mil de pessoas).

Já o nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi de 56,6%, com alta de 0,5 ponto percentual no trimestre até junho, ante trimestre anterior, e estabilidade na comparação ante igual período em 2022.

Desperdiçados

A população subutilizada da força de trabalho ficou em 20,4 milhões no trimestre finalizado em junho. Isso representa uma queda de 5,7% ante o trimestre anterior, finalizado em março, e um recuo de 17,7% na comparação ante o mesmo período de 2022.

Esse contingente representa a chamada “mão de obra desperdiçada” do país: desempregados, pessoas que trabalham menos horas do que poderiam e a força de trabalho potencial (quem não está procurando emprego mas teria interesse e disponibilidade).

Com esses números, a taxa de subutilização do trabalho ficou em 17,8%, queda de 1 ponto percentual ante o primeiro trimestre e de 3,4 pontos sobre o segundo trimestre do ano passado.

A população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas ficou em 5,1 milhões no trimestre até junho, estável frente ao primeiro trimestre.

O número da população desalentada, que são aqueles sem emprego e que não procuram vagas, também caiu. Esse contingente ficou em 3,7 milhões no trimestre encerrado em junho, montante 5,1% menor que o do o trimestre anterior e 13,9% inferior ao do mesmo período de 2022.

O percentual de desalentados na força de trabalho ficou em 3,3%. Isso representa queda de 0,2 ponto percentual ante o trimestre anterior e diminuição de 0,5 ponto. na comparação com o ano passado.

Renda

A renda média dos trabalhadores ficou estável no trimestre encerrado em junho, ante o trimestre finalizado em março, em R$ 2.921. O rendimento médio real habitual dos trabalhadores considera a soma de todos os trabalhos.

Na comparação com igual trimestre de 2022, houve alta de 6,2%, informou ainda o IBGE.

Já a massa de rendimentos real habitualmente recebida por pessoas ocupadas (em todos os trabalhos) foi de R$ 284,1 bilhões no trimestre móvel encerrado em junho. Segundo o IBGE, a massa mostrou estabilidade frente ao trimestre móvel anterior, encerrado em março, e alta de 7,2% ante mesmo período em 2022.

Fonte: Valor Econômico

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