A semana de apenas quatro dias de trabalho e três de descanso é uma ideia que vem ganhando cada vez mais força no mundo. Países como Japão, Islândia e Emirados Árabes Unidos já adotam o modelo de 32 horas semanais.
A pandemia de Covid-19 e a necessidade de cada vez mais pessoas adotarem um modelo de trabalho híbrido ou totalmente remoto reforçou ainda mais a necessidade desse debate.
Uma pesquisa feita pela empresa norte-americana de serviços financeiros Jeffrey aponta que, desde novembro de 2021, cerca de 32% dos jovens de 22 a 25 anos que pediram demissão de seus empregos permaneceriam caso as empresas oferecessem uma semana de trabalho de quatro dias.
O número de trabalhadores que deixaram os seus empregos nos Estados Unidos é um fenômeno que ficou conhecido como “Grande Renúncia”, onde cerca de 20 milhões de pessoas solicitaram voluntariamente a sua demissão desde o início da pandemia de Covid-19.
No Brasil, apesar de ainda estar engatinhando, a ideia já está sendo levada a sério em algumas empresas.
Em depoimento para o site Educa Mais Brasil, o empresário Luciano Braga, da Agência Shoot, apontou o crescimento de mais de 300% no interesse das vagas na sua agência após ele não só reduzir a semana para quatro dias como diminuir a carga horária para seis horas diárias.
Hoje, pela Constituição Federal, um trabalhador não pode ter mais de 44 horas semanais de carga horária de trabalho semanal. Mas não há tempo mínimo. A reforma trabalhista, aprovada em 2017, permite uma jornada parcial de 30 horas semanais.
Fonte: IstoÉ Dinheiro