No trabalho, a expectativa é de horário flexível e mais autonomia

O futuro do trabalho é híbrido. O recente estudo “Força de Trabalho do Futuro – Desvendando o Enigma do Talento” da consultoria global Adecco, com 34,2 mil trabalhadores em 25 países, incluindo o Brasil, aponta que 61% dos entrevistados estão fazendo modificações em suas casas para tornar o trabalho remoto mais fácil, indicador de que a nova realidade veio para ficar. A pesquisa revela, ainda, que seis em dez pessoas que trabalham no escritório estão considerando ou já mudaram de emprego para ter mais flexibilidade. “É importante lembrar que a flexibilidade é uma demanda anterior à pandemia, que acabou por acelerar esse processo”, diz André Vicente, country manager da Adecco do Brasil. Hoje, ele afirma, a flexibilidade é uma ferramenta de atração e retenção de talentos.

Ainda de acordo com o levantamento, 54% dos entrevistados estão considerando reduzir ou já estão reduzindo as horas em direção a uma semana de trabalho de quatro dias, mesmo que para isso recebam um salário menor – mas há obstáculos nesse sentido. “A semana de quatro dias ainda está sendo testada, mas é algo que nos parece menos provável de se expandir no mercado brasileiro”, comenta Vicente. “Em nossa pesquisa, mostramos que 42% dos entrevistados podem trabalhar por quatro dias na semana, porém, apenas 32% têm feito uso desse benefício. Desse modo, conseguimos captar que os trabalhadores pensam sobre a semana de quatro dias, mas se preocupam se o trabalho vai ficar acumulado, acarretando trabalhar por mais horas em um mesmo dia ou, até mesmo, executar as atividades inacabadas no quinto dia.”

Matéria completa: Valor Econômico

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